Andanças de Janeiro, 2024
Isabel Allende, a loucura que é sentir retratada no cinema, e o retorno de Mitski
Impossível negar: deu frio na barriga quando comecei a digitar esta primeira edição de Estrangeirismos para apoiadores. Pensei com carinho no formato, mas vamos descobrir juntos o que funciona e o que pode ser melhorado. Essa edição é para vocês, portanto deixe suas sugestões nos comentários ou respondendo ao e-mail. Nomeei “andanças”. Ler um livro, ver uma série ou um filme, visitar uma exposição e conhecer um novo café são atividades que fazem parte das minhas andanças cotidianas. Vagueando pelos cantos aprendo um monte, reúno referências, e crio essa espécie de diário aberto onde compartilho parte do que absorvi dessas experiências.
Quando morava em São Paulo, gostava de folhear os guias dos jornais mais populares da cidade para me inteirar do que estava rolando. Guardar registros das minhas impressões, por outro lado, era uma prática nutrida há anos, e no fim das contas sempre acabava combinando o que via nos guias com as notas de meus diários.
As edições para apoiadores vão ser nessa pegada. Mas ao invés de ser um guia semanal, ficará como um guia de referências atemporal que pode ser usado segundo a conveniência de quem lê.
Janeiro veio com o frescor da perspectiva do ano novo. Fez frio, choveu, rolou até mesmo um pouco de neve. Exigiu igualmente alguns reajustes. Voltamos da França e gradualmente nos adaptamos ao cotidiano construído no nosso cantinho. Queria tirar o atraso das frequentes idas ao cinema, e a minha carteirinha da Cineville não teve sossego desde então.
Tenho tentado voltar a ver séries, mas sigo bem devagar. É que tenho tantos romances à espera que às vezes bate uma preguicinha de parar para assistir algo.