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Obrigada por essa reflexão. Sempre sofri com cólicas e TPM, já fiz mil exames, não tenho nada clínico e passei a vida em busca de ginecologistas que entendam de forma holística o meu quadro. Na minha última TPM, eu me sentia um bicho ferido gritando de dor sozinho, uma depressão avassaladora como há tempos (anos) não vinha, de querer botar a casa abaixo, chorar sem parar me retorcendo de tristeza...e aí as cólicas. Três dias de cólicas insuportáveis. Eu entendo que faz parte de um ciclo - se no período me alimentei bem, exercitei, etc - mas não pode ser só responsabilidade de quem menstrua essa regulação. A medicina, mercado de trabalho e sociedade menosprezam o quanto isso impacta na nossa vida. Acho - porque ninguém ainda cravou um diagnóstico - que eu sofro de transtorno disfórico pré-menstrual, muitas vezes eu viro outra pessoa nesses dias e é muito doloroso (física e emocionalmente). A gente precisa fazer MUITO BARULHO, com essa fúria e dor todas, até que deem a atenção urgente e necessária a esses pontos. Ah, minhas amigas que menopausaram relatam o mesmo descaso em relação ao que passam nessa fase de chegada da menopausa.

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Obrigada pelo comentário, Desirée! Fico feliz em te ver por aqui. Li seu relato pensando em inúmeras coisas semelhantes que fiz ao longo dos anos pra tentar aliviar os agouros provocados antes e durante a menstruação. Não há nada pior do que estar com a cabeça ruim, triste até dizer chega, e ainda ter que lidar com cólicas que parecem nos rasgar por dentro. E sendo bem honesta, isso de ter um estilo de vida "limpo" não faz milagres. Já tentei ficar um tempo sem comer nada pesado, tendo regularidade nos exercícios, e mesmo assim os momentos de tristeza e as cólicas fortes aconteceram. É caso médico, deveria ser investigado para quem sabe termos acesso a algum tipo de tratamento. Para você ter uma ideia, nunca havia ouvido falar sobre transtorno disfórico pré-menstrual. Só fui saber depois de ler seu comentário e porque uma amiga que é psicóloga leu o texto e me contou mais sobre. Aproveitei a deixa para pesquisar mais e vou levar o assunto pra terapia e conversar também com meu psiquiatra. E claro, sigo compartilhando esse texto e trocando ideia com outras pessoas que reagiram a ele. É uma contribuição de formiga, mas é o que dá pra fazer por enquanto. Melhor tentar nos ajudarmos de alguma forma neste núcleo reduzido do que esperar a boa vontade dos especialistas que parecem não ter pressa alguma em nos ajudar. Se tiver algum insight que eventualmente possa te ajudar, entrarei em contato :)

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