Obrigado por esse texto, pela sinceridade. Isso é uma coisa que a gente, que acaba romantizando viver no exterior, precisa ler e ouvir. Ainda mais lembrando o quanto você já esteve empolgada com a Holanda. Realmente, a gente acaba normalizando tudo, é engraçado. Mas que bom que você ainda consegue ver beleza nas coisas. Acho que essa corrida foi realmente excelente!
E interessante essa ideia de não pertencimento, que até a Rafaela estava abordando esses dias. E outra coisa é isso que você falou (e que minha psicóloga também disse quando eu estava pra me mudar daqui): não adiantar se mudar se você não muda por dentro. Não adianta buscar fora, é simples assim.
Eu é que agradeço pela leitura atenta de sempre <3 Há momentos em que adoro morar aqui, outros em que detesto, e resolvi focar na segunda neste texto porque às vezes me dói ver tanta romatização em cima da vida por aqui. Nem tudo são campos de tulipas por essas bandas! Expor as coisas nem tão legais sobre morar na Holanda me ajuda a fazer as pazes com esses incômodos. Lidando melhor com eles, me sinto mais confortável pra seguir cuidando das questões mal resolvidas aqui dentro.
eu tô há mais de 8 anos no estrangeiro e nunca perco a sensação de estar em un outro lugar - o mais impressionante é que visitar o Brasil me provoca a mesma sensação. então percebo que é nas pessoas que ela cai, acho que encontro lar nos abraços mesmo e é isso.
Obrigada, Vanessa <3 Leva tempo, mas vamos achando nossos lugares de conforto no estrangeiro e sem dúvidas o que mais ajuda a segurar as pontas nos dias difíceis são as pessoas que encontramos no caminho. Experimentar essa sensação ao visitar o Brasil só se intensifica com o passar do tempo. Às vezes parece que a distância tira um pouco do nosso chão e diminui essa sensação de se sentir plenamente em casa quando voltamos pra lá. Não tem outro jeito, sair do país abala muito as nossas percepções de pertencimento.
Lidy, um dos seus textos mais lindos!!! Como estrangeira também posso afirmar que se sentir bem onde se esta tem mais a ver com a parte de dentro do que com o que diz o documento. Claro, há fatores na adaptação à um país/cultura que pode tornar a experiência mais ou menos prazerosa (inclusão e barreira linguística é um ponto!), mas ainda assim acho que é muito mais sobre como vc lida com isso. Conheço pessoas que são até mais brasileiros estando no estrangeiro do que no Brasil, como já conheci pessoas que vc nem percebe que é brasileiro até que a pessoa diga… Não existe lugar perfeito, existe o que vc faz com as imperfeições que a vida te dá - às vezes o que dá pra fazer é reclamar mesmo. Ou sentar num banquinho e aproveitar o sol :)
Carol, que querida você <3 Obrigada! Viver no exterior é uma eterna montanha russa sentimental. Não dá pra estabelecer regras ou descobrir fórmulas mágicas pra fazer funcionar. É muito sobre manter a cabeça erguida e tentar tirar o melhor tanto de experiências boas quanto das ruins. O que deixa tudo melhor sem dúvidas são os encontros pelo caminho. As conexões feitas ao longo me ajudou a atravessar muitas coisas e me sentir melhor no país que escolhi chamar de casa. Gente pra sentar no banquinho com gente pra aproveitar o sol e reclamar um pouquinho hehehe
"A vida é igual em toda parte e o que é necessário é a gente ser a gente." Clarice Lispector escreveu isso em Nápoles, em 1944, em uma carta endereçada às irmãs que moravam no Brasil. É um pouco do que você fala no seu texto também, um relato muito honesto e delicado, adorei!
Os lugares nunca serão perfeitos - vai de nós adicionar um pouco de tempero às nossas vivências. Amei a referência a uma das cartas de Clarice! As questões pessoais não tem GPS, acham um modo de nos acompanhar para onde formos. E para além disso o que deixa nossas experiências mais ricas são as trocas feitas pelo caminho. <3
Obrigado por esse texto, pela sinceridade. Isso é uma coisa que a gente, que acaba romantizando viver no exterior, precisa ler e ouvir. Ainda mais lembrando o quanto você já esteve empolgada com a Holanda. Realmente, a gente acaba normalizando tudo, é engraçado. Mas que bom que você ainda consegue ver beleza nas coisas. Acho que essa corrida foi realmente excelente!
E interessante essa ideia de não pertencimento, que até a Rafaela estava abordando esses dias. E outra coisa é isso que você falou (e que minha psicóloga também disse quando eu estava pra me mudar daqui): não adiantar se mudar se você não muda por dentro. Não adianta buscar fora, é simples assim.
Eu é que agradeço pela leitura atenta de sempre <3 Há momentos em que adoro morar aqui, outros em que detesto, e resolvi focar na segunda neste texto porque às vezes me dói ver tanta romatização em cima da vida por aqui. Nem tudo são campos de tulipas por essas bandas! Expor as coisas nem tão legais sobre morar na Holanda me ajuda a fazer as pazes com esses incômodos. Lidando melhor com eles, me sinto mais confortável pra seguir cuidando das questões mal resolvidas aqui dentro.
lindo texto.
eu tô há mais de 8 anos no estrangeiro e nunca perco a sensação de estar em un outro lugar - o mais impressionante é que visitar o Brasil me provoca a mesma sensação. então percebo que é nas pessoas que ela cai, acho que encontro lar nos abraços mesmo e é isso.
Obrigada, Vanessa <3 Leva tempo, mas vamos achando nossos lugares de conforto no estrangeiro e sem dúvidas o que mais ajuda a segurar as pontas nos dias difíceis são as pessoas que encontramos no caminho. Experimentar essa sensação ao visitar o Brasil só se intensifica com o passar do tempo. Às vezes parece que a distância tira um pouco do nosso chão e diminui essa sensação de se sentir plenamente em casa quando voltamos pra lá. Não tem outro jeito, sair do país abala muito as nossas percepções de pertencimento.
Lidy, um dos seus textos mais lindos!!! Como estrangeira também posso afirmar que se sentir bem onde se esta tem mais a ver com a parte de dentro do que com o que diz o documento. Claro, há fatores na adaptação à um país/cultura que pode tornar a experiência mais ou menos prazerosa (inclusão e barreira linguística é um ponto!), mas ainda assim acho que é muito mais sobre como vc lida com isso. Conheço pessoas que são até mais brasileiros estando no estrangeiro do que no Brasil, como já conheci pessoas que vc nem percebe que é brasileiro até que a pessoa diga… Não existe lugar perfeito, existe o que vc faz com as imperfeições que a vida te dá - às vezes o que dá pra fazer é reclamar mesmo. Ou sentar num banquinho e aproveitar o sol :)
Carol, que querida você <3 Obrigada! Viver no exterior é uma eterna montanha russa sentimental. Não dá pra estabelecer regras ou descobrir fórmulas mágicas pra fazer funcionar. É muito sobre manter a cabeça erguida e tentar tirar o melhor tanto de experiências boas quanto das ruins. O que deixa tudo melhor sem dúvidas são os encontros pelo caminho. As conexões feitas ao longo me ajudou a atravessar muitas coisas e me sentir melhor no país que escolhi chamar de casa. Gente pra sentar no banquinho com gente pra aproveitar o sol e reclamar um pouquinho hehehe
"A vida é igual em toda parte e o que é necessário é a gente ser a gente." Clarice Lispector escreveu isso em Nápoles, em 1944, em uma carta endereçada às irmãs que moravam no Brasil. É um pouco do que você fala no seu texto também, um relato muito honesto e delicado, adorei!
PS - Também sou fã de corrida!
Os lugares nunca serão perfeitos - vai de nós adicionar um pouco de tempero às nossas vivências. Amei a referência a uma das cartas de Clarice! As questões pessoais não tem GPS, acham um modo de nos acompanhar para onde formos. E para além disso o que deixa nossas experiências mais ricas são as trocas feitas pelo caminho. <3
Amei esse texto, Lidyanne!!! Muito gostoso de ler, reflexão linda ♡
Obrigada pela leitura carinhosa, Luísa! Fico feliz que tenha curtido o texto <3